Os dias se passam
e eu vou vivendo,
ou melhor, suportando,
como quem é obrigado a
se alimentar, sentindo a
comida descer goela a baixo
e ainda tem que agradecer
a Deus por ter comida na mesa.
Olho para os cantos da casa
e vejo neles as paredes de
uma prisão, a prisão onde resido,
a prisão onde todos os dias me
permito prender.
Onde está o garoto com quem conversava?
Não sei. Ele parece tão distante...
Acredito que ainda me restam alguns amigos,
lamento por eles, pois, creio que eu não
seja uma boa compahia.
Tem coisas que eu prefiro nem pensar,
chegam a doer em meu coração...
Me culpo por tanta coisa que eu poderia
fazer mas, não fiz...
Vocês duas são minha fonte de vida,
apenas me abracem, não falem nada,
apenas me abracem...
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